Commodities Agrícolas

Cenário positivo A onda de otimismo que atingiu os mercados ontem também chegou aos futuros de cacau, que subiram na bolsa de Londres. Os papéis para março encerraram o dia a 1.774 libras por tonelada, alta de 14 libras. Em Nova York, a amêndoa também subiu fechando a US$2.733 a tonelada, alta de US$30. Analistas ouvidos pela Dow Jones Newswires, dizem que há sinais de que a demanda industrial começa a se mostrar mais agressiva e a "morder" a oferta maior prevista para este ano. A alta se deu mesmo diante de perspectivas de que um clima mais favorável é previsto para os maiores produtores de cacau do mundo, o que indica cenário mais otimista de produção no médio prazo. No mercado interno, a amêndoa fechou em alta, a R$79 a arroba em Ilhéus (BA), segundo a Central Nacional de Produtores de Cacau. Boas notícias Os contratos futuros de café robusta negociados na Bolsa de Londres encerraram a quinta-feira em alta. Os papéis com vencimento em novembro encerraram a sessão a US$1.994 por tonelada, valorização de US$9 sobre o dia anterior. Com fundamentos sólidos, os investidores voltaram a apostar na commodity, estimulados pela onda de boas notícias, como a divulgação do PIB americano maior do que o esperado pelo mercado e a aprovação pela Alemanha da expansão dos poderes do fundo de resgate da zona do euro, o que é considerado um grande passo para lidar com a crise da dívida soberana da região. No mercado doméstico, o indicador Cepea/Esalq para o café arábica fechou o dia valendo R$500,68 a saca de 60 quilos, em queda de 0,61%. Bons sinais Sinais mais convincentes de que a União Europeia está se esforçando para equacionar a crise da dívida no bloco ajudaram a elevar as cotações do açúcar na bolsa de Nova York ontem. Os papéis com vencimento em março fecharam 25,87 centavos de dólar por libra-peso, em valorização de 157 pontos. Analistas ouvidos pela Bloomberg disseram que há também fortes sinais de que a economia americana está reagindo. O Departamento de Comércio divulgou que a economia cresceu 1,3% no segundo trimestre, mais rápido do que o estimado mês passado. "O mercado está mais confiante em comprar, porque a situação macroeconômica parece ter melhorado", diz Luiz Rangel, da ICAP Futures. No mercado interno, o indicador Cepea/Esalq fechou em alta de 0,05% a R$62,52 a saca. Embarques americanos O reaquecimento das exportações de algodão a partir dos Estados Unidos sustentou as cotações da commodity na bolsa de Nova York. Os futuros com vencimento em dezembro fecharam o dia a US$1,0222 a libra-peso, alta de 269 pontos. De acordo com a Bloomberg, as exportações americanas da pluma triplicaram. Os EUA venderam 222.600 fardos na semana encerrada em 22 de setembro, sendo que 199.400 fardos foram embarcados para a China. Na semana anterior, as vendas tinham sido de 65.900 fardos. "Os preços em queda estão sendo vistos como oportunidade por algumas indústrias têxteis que querem formar estoques", disse à Bloomberg Andy Ryan, da FCStone. No mercado interno, o indicador Cepea/Esalq para a pluma fechou em alta de 0,03% a R$1,8393 a libra-peso. Fonte: Valor Online. Pela Redação. 30 de setembro de 2011.
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